Bem Viver

Tratamentos avançados em fisioterapia, em Fortaleza, Ceará.

Enurese

Segundo a Sociedade Internacional de Continência (ICS) incontinência urinária é a perda involuntária de urina.  É considerada um problema social e higiênico. A incontinência urinária mais prevalente é a incontinência urinária de esforço, quando se perde urina durante tosse, espirro e atividades físicas, por exemplo. Esta afeta mais as mulheres pós-menopausa, podendo atingir até 70% delas. Contudo, outra disfunção urinária que pode acometer idosos, crianças e adolescentes é a enurese, que é definida como perda involuntária de urina durante o sono. Em todas as faixas etárias causa grande impacto psicossocial, haja vista as limitações que pode desencadear. Quando acomete a criança, pode gerar mudanças no cotidiano infantil, desencadeando diversas implicações. Contudo, o impacto não ocorre apenas no aspecto físico (como por exemplo, o acordar molhado), mas também no aspecto psicológico, já que, a disfunção pode gerar o medo de ser descoberto e a impossibilidade de participação em determinadas atividades que envolvam o dormir fora, por exemplo, acarretam grandes conseqüências, muitas vezes resultando em problemas de auto-estima.

Pode ser um problema significativo para a criança e/ou para o adolescente e sua família. Existem dois critérios usados para identificar a enurese, um elaborado pela Associação Psiquiátrica Americana (APA) e outro pela Sociedade Internacional de Continência da Criança (ICCS). O primeiro estabelece quatro critérios para diagnóstico:

·         micção repetida, diurna ou noturna, na cama ou na roupa;

·         a micção deve ocorrer no mínimo duas vezes por semana por pelo menos três meses, ou então causar um sofrimento ou prejuízo significativo no funcionamento social, acadêmico (ocupacional) ou outras áreas importantes na vida do indivíduo;

·         idade cronológica de, no mínimo, cinco anos, ou para crianças com atrasos de desenvolvimento, idade mental de no mínimo cinco anos;

·         a incontinência urinária não se deve exclusivamente aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (por exemplo, diuréticos) ou a uma condição geral (por exemplo, diabete, espinha bífida, transtorno convulsivo).

Já o segundo critério coloca que a enurese é definida como a micção normal em local ou hora inadequada. Em relação à idade, o critério é que a criança tenha mais de cinco anos; uma frequência de pelo menos uma vez ao mês. Além disso, há a necessidade de que a quantidade de urina evidente na cama da criança pela manhã seja grande, uma vez que pequenas quantidades podem indicar outros problemas que não a enurese.

Quanto à causa da enurese, são citadas causas fisiológicas como a falta de liberação do hormônio responsável pela redução da produção de urina durante o sono, a vasopressina; a instabilidade da bexiga e a incapacidade de acordar ou contrair a musculatura pélvica em resposta às sensações de bexiga cheia e causas comportamentais, já que parecem ter, por exemplo, uma grande associação entre a enurese noturna e o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, Estudos também evidenciam que de fato as crianças com o transtorno têm um déficit maturacional no núcleo responsável pela inibição das contrações involuntárias da bexiga, impossibilitando a resposta que lhes permitiria continuar dormindo sem que a perda involuntária de urina ocorra.

Para tratar a enurese pode-se fazer uso de medicamentos que agem normalizando a atividade do detrusor (camada contrátil da bexiga) ou realizar a fisioterapia. Em crianças, a fisioterapia utiliza eletrodos de superfície (adesivos) para realizar o biofeedback eletromiográfico, que tem como objetivo desenvolver uma consciência corporal. Para isso a criança realiza exercícios de forma lúdica e estimulante, visualizando um gráfico que representa a atividade dos músculos do assoalho pélvico, responsáveis pelo controle urinário. Outro recurso da fisioterapia é a eletroestimulação, na qual são selecionadas freqüências entre 5 e 10Hz, com a finalidade de inibir as contrações da bexiga. Os eletrodos podem ser colocados na região sacral (final da coluna), perineal ou tibial (perna).  E complementando a fisioterapia são associadas algumas estratégias, denominadas de tratamento comportamental, que orienta mudanças de hábitos, tais como controle de ingestão de líquido à noite e micção programada ou alarme de urina (levantar para urinar durante o sono), sugeridos para serem supervisionados pelos pais.

É importante destacar a necessidade de investigação diagnóstica interdisciplinar, que pode envolver especialidades como pediatria, uropediatria, nefropediatria, neuropediatria, fisioterapia e psicologia. Sendo essa última para identificar possíveis causas psicológicas da enurese, bem como para tratar suas implicações, como angústia e ansiedade.

 

Voltar

Compromisso com o Bem Viver

Rua Gilberto Studart 55 sala 411 | Duets Office Tower
Fortaleza, Ceará - 85 8555.9035 | 85 9987.9035

Código Digital - Agencia de Design Gráfico e Webdesign - Desenvolvimento de Websites - Fortaleza - Ceará